“Por que caímos, Bruce? Para aprendermos a nos levantar.” Essa frase marcante do filme do Batman voltou pra minha cabeça hoje, na hora certa, enquanto editava esse vídeo para o Youtube. Eu amo a magia que mora nos detalhes.
(aliás, eu reativei meu canal e me comprometi a testar o algoritmo. Quero ver o que acontece depois de 100 publicações seguidas, quem amou?)
Sabe aquela sensação de que está tudo dando merda? Você olha pra cada contexto da sua vida e parece que nada está funcionando. Como se já não bastassem todos os acontecimentos, um dia você vai pegar a pasta de dente e o suporte cai, espalhando tudo no chão molhado.
“Caralh*, nem pra escovar os dentes eu sirvo. 🫠
Daí você escorrega pela parede e senta no canto do banheiro. Como se isso fosse o empurrão que te derrubou de cabeça no fundo do poço. Não ri. Eu realmente sentei do lado das escovas espalhadas pelo chão e chorei. Umas lágrimas grossas, quentes e bem molhadas. Meu deus, o drama.
Eu vim de uma sequência de dias merdas, mas depois do evento-choro-no-banheiro, decidi que era hora de reagir. Chega de humilhação. Me forcei a lembrar que sou a pessoa que acredita que a criatividade vai além do criar coisas materiais:
nosso potencial criativo nos permite enfrentar desafios com flexibilidade e confiança no desconhecido.
Respirei fundo, escolhi confiar nas habilidades que desenvolvi ao longo da vida e recorri ao meu manual pra sair da merda. A melhor parte de já ter se ferrado um pouco é que a gente descobre como desafogar mais rápido.
Esses passos já me ajudaram a recuperar o brilho e me fizeram querer voltar a criar muitas vezes. Se você está lidando com dias ruins, tenho certeza que vão te ajudar também.
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1) Me pergunto: isso é de morrer?
Desde que eu assisti “Um Tio Quase Perfeito”, levei essa máxima pra vida. O personagem do Marcus Majella (e e que jurava que era o Leandro Hassum?kkkk) diz que os sobrinhos podem fazer tudo, desde “que não seja de morrer”.
O argumento é que nada é tão sério se não oferece risco de vida. Um bom jeito de viver, não acha? Só não resolvemos a morte. LIBERTADOR!
Aqui é quando descubro que meus problemas parecem maiores na minha cabeça. Com um pouco de paciência, trabalho e aceitação, dá pra resolver, mesmo que demore. Isso ajuda a tranquilizar.
2) Aceito de uma vez que eu tô na merda e zero disposta a viver
Eu sou bem elétrica. Quando uma tristeza além do normal me consome, o primeiro sintoma é que eu perco a vontade de fazer minhas coisas. Aprendi que resistir a isso é prolongar o sofrimento.
A segunda etapa do guia para sair dos dias tristes e voltar a criar é CURTIR A TRISTEZA HOJE, com a condição de LEVANTAR E REAGIR AMANHÃ. Tipo torcer o pano até a última gota de bad cair, aí você ajeita no rodo e passa pra começar a limpar a casa. Ninguém faz faxina boa com pano sujo. Entende?
3) Encontro meu jeito de voltar
Como pessoas criativas, costumamos fazer muitas coisas. São vários projetos paralelos, hábitos saudáveis e atividades extras que não são obrigatórias. Quando o ânimo cai, isso fica de lado. Eu, por exemplo, fico sem saco pra me exercitar, por mais que eu ame - sim, fundo do poço - e descuido da dieta.
Só que eu sei que deixar meu estilo de vida criativo de lado só vai piorar. A estratégia é voltar em passos de formiguinha. Em vez de querer retomar o ritmo fazendo musculação, bicicleta e aula de Muay Thai em um dia, me obrigo a sair de casa para fazer uma caminha de 20 minutos. O menor movimento já salva. Mesma coisa com a alimentação, com a leitura, hobbies ou conversas com os amigos…volte aos poucos.
4) Anote os próximos passos em um caderno
Já que os problemas “não são de morrer”, eu preciso começar a resolver. Como a primeira coisa que a gente faz é abandonar o que não é obrigatório, como as tarefas relacionadas aos nosso projetos, empreendimentos ou atividades que estimulam o nosso desenvolvimento pessoal, é importante voltar a ativa, mesmo que devagar e respeitando seus limites.Saia do celular, pegue um papel e escreve cada tarefa em detalhe. Por exemplo: responder os e-mails, zerar o Whatsapp...Fico mais centrada quando visualizo meu caminho.
Mas tudo isso só funciona se…
eu for capaz de rir de mim.
Paulo Gustavo falava que rir é um ato de resistência. <3 Se não é de morrer, se eu já vivi um dia inteiro de tristeza profunda e agora sei por onde começar a me reerguer - que eu faça tudo isso rindo da minha cara. Assim, fica mais fácil continuar.
Sentada no banheiro? Chorando? Minha filha, se esse banheiro falasse…ele estaria RINDO.
Sei que toda essa coisa de guia para ficar bem pode parecer simplista. Inclusive, eu faço terapia toda semana pra aprender a lidar com os dias escuros, sei bem que é f*da, mas acredito que não se faz sopa só com um ingrediente. Cada ação tem sua importância. Então, vamos nessa. :)
A vida de quem se arrisca (oi, criativos!) é isso. ⚡
Você está em movimento e vai tropeçar, mas, pelo menos, agora sabe como levantar e continuar
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Escreve assim mesmo, e depois edita...😊🤩