Ontem, no Dia das Crianças, lembrei do trecho da musica A Criança que eu fui um dia, da Reverb Poesia, que quero compartilhar com você.
“A criança que eu fui um dia mora dentro desse adulto que eu me tornei.
Na mesma gaveta onde eu guardo os “para de sonhar, leva a vida a sério "
E ela representa tudo o que eu quis ser um dia. Mas, parei de sonhar e levei a vida a sério”
Eu adoro essa música, porque ela toca em um ponto importante da vida criativa: a atenção dada para a criança interior.
Olhar para o mundo de forma mais criativa é uma necessidade de todos nós. O lance é que nascemos com a criatividade, mas nos distanciamos dela ao longo da vida. É por isso que quando perguntam “Como vamos ser mais criativos?”, eu sempre falo “Precisaremos descobrir um novo jeito de viver” - o estilo de vida criativo gera mais ideias, lembra?
Quando o assunto é ser criativo, não adianta você querer ser o profissional, o artista, o intelectual ou o poderoso chefão, mas esquecer dos momentos de diversão e simplicidade, porque você vai acabar se tornando uma pessoa engessada. Muita técnica e pouco repertório. Conhece alguém assim?
Criatividade é sobre um desejo ou uma vontade de brincar
Muitos estudiosos concordam que para ser criativo, o indivíduo precisa se permitir ter momentos de descontração. Einstein já dizia que a criatividade é a inteligência se divertindo. Não é à toa também que grandes empresas como Google, Twitter e LinkedIn mantêm um ambiente que estimula a diversão.
Só que tirar momentos para brincar não costuma fazer parte da realidade das pessoas com mais de 18 anos. É aí que mora o perigo: a vida fica série demais. Nós ficamos travados demais.
Fala a verdade, com os compromissos profissionais, coisas para estudar, os prazos apertados… com todas essas coisas que fazem parte da vida de um adulto responsável e sério, fica impossível tirar um tempo para a diversão, não é? Para completar, esses “adultos responsáveis” dizem que brincar é coisa de quem não tem mais o que fazer, que não se coloca no seu lugar de gente crescida ou que não teve infância.
“Eu já brinquei muito nessa vida, agora é hora de pegar no batente e dar um rumo na carreira”, eles dizem.
Ei, você, qual foi a última vez que você brincou?
A mensagem mais importante de hoje é essa. Eu quero que você pense no quanto sua vida anda séria ou triste demais. Para ter mais criatividade nas suas tarefas atuais, você precisa reaprender a pensar com a inocência de uma criança e aliar isso à capacidade de aplicação lógica de um adulto bem preparado.
Brincar depois de adulto significa alimentar sua criança interior. E a sua criança interior é quem permite que sua criatividade seja maior.
Brincar rima com criar
💡 Vamos fazer um exercício!
Feche os olhos por um minuto e lembre-se de quando você era criança.
Como era sua imaginação?
O que você gostava de fazer?
O que sonhava em ser quando adulto?
Tenho certeza de que a sua capacidade de imaginar não era tão limitada pelo medo do julgamento e da rejeição. Uma caixa de papelão virava uma cabine de uma avião e se alguém desse risada, você nem escutava. Estava ocupado se divertindo!
É essa capacidade de ligar o f*da-se que deixa a imaginação livre.
Os adultos sofrem para criar porque se preocupam demais com a lógica das coisas. As crianças não estão nem aí, apenas vivem o processo criativo e fazem o que sentem vontade de fazer. Nós, crianças crescidas, precisamos ser assim!
Tenho pensado muito sobre uma coisa nesta semana…
Caminhando pelas ruas da internet, eu eu li uma frase do James Clear, autor do livro Hábitos Anatômicos, que diz o seguinte “quanto mais você cria, mais poderoso você se torna. quanto mais você consome, mais poderoso você torna os outros". Isso me faz pensar muito na relação que temos com as redes sociais.
Cada vez que você gasta horas e horas rolando o feed do Instagram sem nenhum propósito, está dando dinheiro (e muito!) para alguém. Será que se esse tempo fosse utilizado para criar alguma coisa ele não seria melhor aproveitado? Tenho certeza que seus ganhos seriam maiores. No mínimo, você ficaria menos acelerado.
Aliás, fiz um Reels essa semana que tem mais ou menos a ver com isso. Eu percebi que quando comecei a usar meu tempo para criar mais, mesmo que as criações nem fossem tão boas, passei a me comparar menos. É óbvio que ainda sofro com a comparação, sou um ser humano, mas só de diminuir isso, senti minha vida ficar um pouco mais leve.
Vivemos tempos insanos. Ocupar a cabeça fazendo algo por você é o melhor que você pode fazer hoje. Sério!
🎧 Pra embalar as ideias
A Criança que eu fui um dia - Reverb Poesia
“Desaprendeu a sorrir, foi?! Desprendeu a sorrir, é?! Quem te ensinou a desistir, quem te ensinou a desistir de ser o que você quiser?!”
Eu já falei e vou repetir: AMO essa música. Sempre que escrevo sobre viver um estilo de vida criativo, tenho como objetivo te incentivar a recuperar a empolgação de uma criança.
Em vez de buscar um resultado específico procure um estilo de vida que te aproxima dos resultados #ReflexõesCriativas
Ah, é sempre bom lembrar que:
Vejo muita gente colocando tudo na caixinha do bloqueio criativo, quando na verdade NÃO SE TRATA DISSO. 🤯 Às vezes, sua cabeça está cheia de ideias, mas você está dividindo sua atenção em mil tarefas e não consegue fazer nada.
Minha dica é: comece a prestar atenção na sua rotina de trabalho/criação, perceba quantas vezes você realmente se concentrou em alguma coisa. Essa mania de dividir a atenção o tempo todo ainda vai acabar com a gente.
Uma dica de livro para quem quer aprender a vender suas ideias de um jeito natural. Eu li e adorei: compre aqui.
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